Data de lançamento | 1986-11-15 |
---|---|
Tempo de execução | 45 minutos |
Gêneros | Drama, Soap |
Estrelas | Lucélia Santos, Marcos Paulo, Patricia Pillar, Daniel Dantas, Luciana Braga |
Diretores | Maria Dezonne Pacheco Fernandes |
Monarquistas e republicanos se defrontam em Araruna, pequena cidade do interior paulista, em 1886, dois anos antes da promulgação da Lei Áurea. A história de amor de Sinhá Moça, filha do Coronel Ferreira, o Barão de Araruna e ferrenho escravocrata, com o jovem Dr. Rodolfo, um ativo abolicionista republicano, ante as dificuldades da campanha para a abolição dos escravos. Os dois se conhecem no trem, quando Sinhá Moça, depois de terminar seus estudos na capital da província, retorna a Araruna.
Na fazenda de Araruna, Pai José, um escravo antigo, é espancado por falar em liberdade. Sinhá Moça e Rafael acodem o Pai José, que acaba morrendo nos braços das duas crianças, não sem antes dizer à menina que ela é irmã de Rafael. Ferreira vende Rafael e sua mãe para um mercador que, no entanto, seguindo uma promessa que havia feito ao ex-amante da mãe do menino, lhes concede a liberdade. Dez anos depois, Sinhá Moça volta da cidade grande e, no trem, encontra Rodolfo. Ferreira, agora Barão, recebe o telegrama da filha e fica irritado com algo que não se sabe.
O Barão de Araruna fica irritado ao saber que a filha está viajando sozinha. Enquanto isso, Sinhá Moça e Rodolfo começam a se envolver um pelo outro, mas Rodolfo está mais encantado do que a moça. Na fazenda do Barão, escravos fogem e começam a ser perseguidos pelos Capitães do Mato. Rodolfo chega em casa e promete ao pai que vai largar o Partido Republicano para não se desentender com o Barão, pois está pensando muito na filha dele. Rodolfo se espanta ao saber que Ana o aguarda para noivar.
Rodolfo recusa-se a ficar noivo de Ana e cumprir o prometido pelo pai dele. Sinhá Moça, agoniada por ter visto o escravo Justino preso na sala de torturas, manda tirá-lo de lá e responsabiliza-se pelo que o Barão possa falar. Rodolfo combina com Fontes que vai visitar Ana, desde que depois passem na casa do Barão. Lá, assistido de perto por Sinhá Moça, ele faz um discurso anti-abolicionista, falso, só para ficar bem com o Barão e poder ter sua filha. Sinhá Moça, revoltada, sai da sala. Rodolfo vai visitar Ana.
Nina, a mãe de Ana, não a deixa tirar o véu nem para falar com Rodolfo, que, furioso, vai embora e deixa Ana frustrada. O Barão, furioso com o escravo fugitivo, bate-lhe pessoalmente, cegando o negro. Bruno conta ao Barão que há reuniões abolicionistas acontecendo na cidade. Sinhá Moça, revoltada com as atitudes escravocratas e desumanas de seu pai, resolve voltar-se contra ele e ir cuidar do olho ferido de Fulgêncio, deixando sua mãe preocupada.
Cândida diz a Sinhá Moça que Ferreira está pensando em casá-la com Rodolfo. Sinhá Moça tem uma reação violenta, dizendo que já o conhece, mas que o odeia. Ana se revolta com a mãe, dizendo não ter querido fazer aquela promessa. Rodolfo continua se negando a ser noivo dela. Rafael, agora Dimas, volta para Araruna. Ferreira procura Fontes para lhe dizer que se preocupa com o movimento abolicionista e que quer Rodolfo casado com Sinhá Moça. Bentinho diz a Bastião que quer ser escravo da casa grande.
Rodolfo recebe, contentíssimo, a notícia de que o Barão de Araruna está a favor de seu noivado com Sinhá Moça. Dimas procura Augusto para dizer-lhe que está a favor dele no movimento abolicionista. Fulgêncio espalha para os escravos que Sinhá Moça é uma fada. Ricardo vai à casa de Ana, a mando de Rodolfo, avisá-la que Rodolfo não quer ser noivo dela. Nina diz, então, que ela vai para o convento. Rodolfo vai à casa de Sinhá Moça. Ela, como sempre, mostra-se hostil a ele, por suas posições ideológicas semelhantes às do pai. Manoel Teixeira vai procurar Fontes.
Rodolfo e Fontes comparecem a mais uma reunião secreta dos abolicionistas, onde ficam sabendo que Coutinho deu alforria a todos os escravos de sua fazenda. Rodolfo e Sinhá Moça conseguem ficar juntos algum tempo. Dimas diz a Frei José – que o reconheceu como o menino Rafael – que voltou a Araruna para buscar sua parte na herança do Barão, pois afinal é filho dele com uma escrava. Ferreira fica irritado quando Fontes lhe diz que Coutinho alforriou os escravos. Sinhá Moça conta para Rodolfo suas aventuras de menina.
Rodolfo beija Sinhá Moça, que reage feliz, mas não o deixa ver sua alegria. Ricardo continua visitando Ana, no lugar de Rodolfo. Sinhá Moça volta à senzala para tentar tratar do outro olho de Fulgêncio, que já está perdendo totalmente a visão. Ela, no entanto, não consegue fazer nada, pois é chamada pelo pai, que acha que o casamento é o único caminho para tirá-la dessas idéias abolicionistas. Dimas escreve um artigo no jornal sobre Coutinho, que alforriou seus escravos. O Delegado, a mando de Ferreira, manda chamar Dimas na delegacia.
Dimas é preso, por desacatar a autoridade do delegado, principalmente porque ele mostrou sua carta de alforria, revelando-se um ex-escravo, agora alforriado. Rodolfo e Fontes, espertamente, conseguem convencer o Barão de que o melhor seria soltar o rapaz, já que ele pode vir a se tornar um herói para a população. Dimas se vê livre de novo, para alegria de Juliana, que está apaixonada pelo rapaz. Nina e Manoel descobrem que Ana e Ricardo combinaram um encontro fora de casa. Dimas, agora, está disposto a escrever um artigo atacando diretamente o Barão de Araruna.
Sinhá Moça promete a Bastião que vai ensiná-lo a ler, escrever e outras coisas. Ferreira diz a Rodolfo que ele é o filho que gostaria de ter tido. Rodolfo consegue confessar a Sinhá Moça que, na verdade, ele é um abolicionista. Sinhá Moça não cabe em si de alegria e paixão por ele. Ricardo sonha com Ana do Véu, imaginando-a feia e banguela. Ele resolve, então, separar-se dela. Ferreira incentiva Rodolfo a apressar o casamento com Sinhá Moça. Mário tem a ideia de fazer um clube abolicionista em Araruna.
Ana resolve se revoltar contra a mãe, dizendo que só vai à missa se tirar o véu. Mário vai à casa de Fontes para dizer que está pensando em criar um clube abolicionista em Araruna. Fontes diz que banca, desde que os pais dos rapazes assinem embaixo. Sinhá Moça está cuidando de Fulgêncio na senzala, quando entra Rodolfo e se emociona com o quadro. Rodolfo fica indignado quando vê dois escravos serem levados, quase mortos, para a delegacia. À noite, o soldado que tomava conta dos dois se espanta ao sentir uma pistola em sua nuca, de um mascarado misterioso.
O estranho personagem encapuzado leva os escravos que estavam presos, soltando-os. Ninguém suspeita de qualquer pessoa da cidade. O Capitão vai à fazenda do Barão para fazer uma busca e ver se não é dali a pessoa que salvou os escravos. Frei José está completamente aturdido, porque o mascarado deixou os escravos fugitivos na casa paroquial. O mascarado escreve uma carta anônima para Mário, pedindo ajuda para os escravos. Sinhá Moça pede ao pai que Adelaide sirva como sua dama de companhia. Adelaide diz a Sinhá Moça que o pai dela corre perigo de vida com os escravos.
O Capitão do Mato avisa aos rapazes, no Armazém, que acoitar escravo fugido é crime. Frei José diz a Manoel que é contra a ideia de mandar Ana do Véu para um convento. O Barão convida os pais de Rodolfo para um almoço de confraternização em sua casa. O Capitão do Mato resolve investigar em cada casa de Araruna para ver se os escravos estão escondidos por ali. Mário e Nino pedem a ajuda de seus pais para tirarem os escravos da igreja. Ana tira o véu para Ricardo, em sonho, que se espanta com a beleza da moça.
Ricardo fica ansioso com seu sonho e comenta com o irmão, que não lhe dá bola. Everaldo ajuda os rapazes a soltarem os escravos. Mário leva os dois para longe de Araruna, mas o Capitão do Mato o vê de volta e desconfia. Segue os rastros do rapaz e percebe que está na trilha certa para recapturar os dois negros. Sinhá Moça resolve ir à cidade, com o pai. Acabam indo à casa de Rodolfo, onde o Barão diz a Fontes que está desconfiado que foi Dimas quem soltou os escravos. E faz sérias ameaças ao rapaz.
reprise do último capítulo